Como surgiu a Sabonetes?
A gente se conheceu na faculdade e tocava em festinhas de lá. No início, era só uma brincadeira. Gostávamos de tocar nas festas para não pagar a entrada e beber de graça [risos]. Nós tocávamos covers de songs que a gente ouvia na época... Então, começamos a compor sem querer. Foi aí que percebemos que não era só a gente que gostava das nossas músicas. Havia umas pessoas que também curtiam, até que virou uma banda de verdade. Começamos a tocar mais, a fazer mais shows e a compor novas músicas.
E vocês terminaram a faculdade?
A banda era diversão e, até hoje, é. Dizíamos que a faculdade estava atrapalhando o andamento da banda [risos]. Mas a gente conseguiu terminar, sim!
O cenário musical de Curitiba é favorável às novas bandas?
Curitiba tem um cenário bem legal. São várias bandas de qualidade. O mais interessante de lá é que cada grupo faz um som totalmente diferente do outro. Cada banda tem sua particularidade.
Agora, a pergunta clássica... Por que Sabonetes?
Eu poderia dar cinco explicações a você, mas nenhuma delas seria verdadeira. O motivo real é que a banda começou com quatro amigos que queriam se divertir, e o nome veio sem querer. A gente ia tocar em uma festa, e o cartaz estava sendo feito. Então, a produtora ligou. A gente ainda não tinha pensado que era uma banda, mas ela nos pediu um nome. Naquela hora, o Alexandre disse: "Coloca qualquer coisa. Sabonetes, por exemplo". E aí ficou. Acho que isso mostra espontaneidade.
O que vocês gostam de ouvir?
A gente ouve até hoje coisas que sempre ouviu. Beatles, Paul McCartney... A gente também gosta de música brasileira, como Chico Buarque e Cartola. Rock nacional dos anos 1990, como Titãs, Paralamas... Ah! E também a escola do The Clash e o rock dos anos 1970.
Como você vê o fanatismo? Quem é o seu ídolo?
Fui muito fã do Kurt Cobain e ainda sou do Paul McCartney. Sempre fui tiete. Acho isso legal e lido bem com isso. Acredito que essa admiração vem do trabalho feito e, não, de maneira aleatória. Sempre gostei deles pela música que fazem. Nós respeitamos muito a galera que curte o nosso som. É por eles que nós fazemos isso hoje. Não é negativo! Temos uma relação próxima e saudável.
Qual é o grande diferencial da Sabonetes?
A gente levantou uma bandeira diferente. A maioria das bandas tenta se encaixar em algum grupo ou tribo. A gente superou isso e foi além. Não queremos entrar em um desses estereótipos. Nós falamos que somos uma banda de rock brasileira. Vamos além do pop, e a nossa escola é o rock.
E o visual da banda? Moda faz parte do pensamento de vocês?
Acho que é algo bem natural. A gente não procura pensar muito sobre isso. A gente se veste no show e não engana ninguém. Nosso estilo não é criado. A gente não engana ninguém. Nosso estilo não é forçado ou criado. A gente usa roupas do dia a dia. A moda vai além de uma questão de estética. É mais aquilo de você se sentir bem com o que você veste. Tem a ver com o rock também. A gente está nesse conceito de vestir o que gosta e fazer o que quer.
Sobre os comentários que rolam sobre certa semelhança de vocês com o Coldplay. O que você acha disso? Rola uma inspiração?
A gente nunca ouviu muito Coldplay. Para ser sincero, conheço pouco. Foi muita coincidência! O meu cabelo, no dia do clipe, ficou parecido. Sou loiro, o vocalista do Coldplay também é... Mas a semelhança do som, eu não consigo enxergar. Não acho que seja muito forte, e isso não nos incomoda. O que importa é que ouçam a nossa música!
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